sábado, 1 de maio de 2010

Só com o que for eu

A porta da saída tá aberta
mas você insiste em ir embora pela entrada
e bater a porta sobre os meus pés.
A dor corre pra janela emperrada
mas eu já conheço o caminho
que tenho que fazer de volta pra incoerência
só da alma.
só minha.
só eu
só.

Ainda não escolhi a estrada,
mas vou descalça e nua
por onde couber meus pensamentos e sol.
Eu não sei o quanto tem de espaço no infinito,
mas eu tô mergulhando dentro do labirinto que sou
pra não sair.

É que às vezes eu precisei não me respirar
e pulei pra fora.
Mas o ar de lá é denso demais,
tem gosto de asfalto
e só é ponte.

Eu prefiro ir nadando pelos extremos
e ficar só com o que for eu.
Mas... olha, aqui venta forte e faz frio
eu não quero te deixar no meio da minha tempestade
porque eu sempre faço chuva ao final do dia
mas se quiser esperar
amanhã o sol nasce
e esquenta a terra molhada
fazendo nascer o que plantou.

4 comentários:

  1. Pesadas palavras, alta densidade...
    Mas ainda há tempo de fazer tudo isso...
    Seu caminho é você quem faz e quando faz!

    Cada vez que passo aqui encontro uma nova alma!
    Bjos

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  2. Existem estradas e aprendizados. Cabe somente à você decidir realmente o que for melhor para o seu próprio eu. Está de parabéns, suas palavras deixaram transparecer muitas coisas nas quais não tinham-me tocado intensamente.

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  3. É só vc e somente vc que saberá por que caminhos seguir. Tem um novo devaneio do Euclides no Sub Mundos. Bjus.

    http://submundosemmim.blogspot.com

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  4. Suas palavras são pesadas e exuberantes.

    Lindos textos, excelente blog!

    Parabéns.

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Coerentes na incoerência, ou não.
Seja como for, opiniões serão sempre bem-lidas.