sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pra florescer mais tarde III


As flores sorriem
Bate na janela os pingos da primavera
Finda o inverno
Caos.
Enfim te alcanço
equilíbrio.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pra florescer mais tarde II


Chuva que cai sem cessar
Que alaga
Vem pra marcar a passagem dos tempos
A transformação
Não mais são necessários os desejos da carne
Só chuva.
Vento, LIBERDADE.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pra florescer mais tarde


Ah, já a quanto tempo cai sem molhar-me, oh bela!
Chuva, vem enfim lavar-me.
E permita que a partir de hoje eu apenas esqueça
Dos dias em que a solidão da estrada invadiu minha alma;
Que os meus pés foram maiores que meus passos;
De quando não permiti que a música me invadisse.
Olharei o mundo com os olhos atentos de um sábio
e com a simplicidade de uma criança.

Da queda

Sigo cada passo dessa estrada e sei que não vai dar em nada, mas é mais do que intuição. Impaciente bato os pés no soleiro. Hoje brigo com meu espelho que só inventa ilusões. Já perdi os ponteiros do relógio da sala de estar. Agora, hora é só de sorrir e a inspiração vem no ar. Um violão, uma rede na lua lá de casa. Três estrelas ainda apontam qual é a direção. Andar descalça, brincar no barro, girar até cair no chão. Caio de bunda, sujo a roupa, molho o pé, o desconserto mora ao lado da indecisão. Busco a queda, que quando não machuca só diverte. Quero escorregar mais uma vez no meu parquinho particular.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ser... das cores!


Quantas luas se passaram
E quantos jardins se desfizeram
pra coerência deixar de ser
e se descobrir...
Um ser de lua
de estrelas
ser do sol
do brilho intenso
e da chuva abundante
que escorre ainda em suas paredes,
vermelho-sangue,
as gotas da última tempestade.
O vento gélido ainda toma as formas cacheadas,
mas as flores se abrem em cores.
É primavera em mim.
Sorrio,
mesmo quando as folhas caem.