sexta-feira, 29 de maio de 2009

A direção que quiser




Libertinagem

Eu não quero me sentir como todos que enxergam o que olham. Não quero ser apenas por ser. Eu quero sentir o vento nos cabelos, a brisa que ressoa leve pelas manhãs. Quero exteriorizar o sol que esquenta dentro de mim, até que a iminência dos meus sentimentos fale ainda que sem palavras tudo o que ficou a dizer. Quero a beleza de tudo o que emane de fontes simples.

Sem porto,só tenho vela, vou pelo mundo velejar.
Escalo as mais altas montanhas
para enfim voar.
Meu sonho saber o seu lugar.

Não é casual
é minha,
é LIBERDADE.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Benevolência à vida



A chuva que recebeu parecia um mar.
Na curta tentativa de se manter quente a cor
na extremidade do movimento
perdeu-se no seu labirinto repleto de vento.
Estrelas caíam
Poeira sobrava
Seu corpo nem via
Que a cada manhã o sol sorria.

Foi maré brava
com nuvens negras
a atormentar o espírito.
Triste, sombrio...
Incauto!
Foi tanto insistir em um alto sonho com asas
que parado estava,
mas ao se aproximar,
voava.
Levava consigo o céu, as rosas e o sorriso.

Mas no tumulto dos dias,
em águas frias
seu corpo melancolicamente se jogava.
Até se acostumar com o frio
e no fim, se reduzir na cama e se afogar em lágrimas
tão quentes quanto o vazio que sentia.

Colocou em fuga noites douradas,
céu azul e as flores que lhe roubaram.
Um inferno distinto e frio.
que vai sempre rodar até desequilibrar.
O pensamento na direção do náufrago irá
em fluídos.
O embalo do sonho se desconfigurará
em nuvens densas
onde o calor não encontra lugar.

São todos fantasmas inertes a desembarcar
Mas sem nem pra sombra mais olhar,
ás vezes no além pode até a encontrar
já que essa vida se põem a rodar.
Ainda assim,
lá estará a remar o barquinho da vida
sem âncoras
Só a velejar...

Seu corpo todo poesia será!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ébria de versos

Meus dias gostam da inconstância. É essa tristeza que sempre dura e a felicidade que me ignora. Eu gostaria de dizer tantas coisas mas me impeço, na verdade... uma parte de mim- cruel-, que me diz o que eu não quero escutar, me mostra o que evito ver, e me entrega despida as minhas verdades. E elas vem me afrontar, me despertam da insensatez da minha existência. Já não mais durmo, esse sonhos insistem em não me largar. Estou farta da realidade inexpressiva e das pessoas suscetíveis, cheias de comodismo assimilados a fraqueza de tais. Quero a luta, o combate, os olhos dilatados, a voz ativa, o almanaque todo renovado. Afim de que a aquarela da vida não seja em vão. Vou me embriagar de poesia. Vou me perder em noites, estradas, músicas e livros.
Que a sensatez vá pro inferno! Eu quero a vida, sem artifícios, sem ornatos. Vida, somente.

Qualquer coisa sobre sentir


Como escureceu logo cedo,
essas noites tão escuras e frias.
Languido vento ressoa todas as cortinas.
Fica a atravessar o peito.
Ai daqueles que sentem!

Um dilúvio de sentimentos
Traz tantos tormentos.
O mundo inteiro vai falar
vão insistir em se calar.

Um dias as vozes vão cessar
E então,
ficarei a morrer,
a morrer lentamente dentro de mim.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Já é tempo da verdade






Hoje o dia acordou quente demais para a minha apatia. Tudo que eu havia negado à mim nos dias passados, voltou a atingir-me numa realidade fria e crua,inundando meu combalido ser. Tentei novamente me conter, mas esse coração inútil fez com que os ventos aumentassem e todo o dia escureceu. É esse inverno que me toma em pleno outono, é esse frio que se alastra não só pelo meu corpo, e são todos esses pensamentos de outrora que me apontam um outra direção, um outro caminho. No entanto, esse infinitos momentos derradeiros me atam a juras que nunca serão cumpridas, e a tudo o que poderá ser um dia. Não vou mais me esconder, vou desnudar meu espírito para as páginas a serem escritas. E assim, vou me livrar de todas as mentiras de que me convenci, afim de descansar a alma em sonhos e utopias. Quero que os donos das mentiras que me contaram, sigam em paz, já que nenhuma lembrança é capaz de perdurar na frieza de tanta falsidade. Espero que a verdade venha a colorir todas as minhas estrelas!