quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lamentos e além

Quando a alma grita no papel, não há barulho.
Há um silêncio inquietador
rompendo os laços invisíveis, como algo que corrói
até que se perca o controle.

E se a carne sangra
é porque o coração já amaciou demais
e agora endurece,
transpondo o que resta por dentro.

O olhar perscruta e escurece.
Sorrisos vazios,
paixões exaltadas,
o dar de mãos congeladas...
Pingue-pongue.

Quem quer jogar é só entrar na roda.
Benditos sejam os jogadores!
Não existem perdas ou ganhos.
É que o lugar é confortável.
Água e açúcar e muita tinta cinza.

Preciso das cores de volta em minha íris.
Lavar o corpo e a alma,
expor ao sol,
deixar queimar
até esquecer do frio de ontem.

As curvas são o sentido incoerente da alma.
A resposta.
Como o pássaro que quebra as asas
e se lembra que sabe andar,
aprende a ter mais impulso
vai voar mais alto.

Alcançou o infinito
quem já colocou demais os pés sobre o chão
e os olhos além.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Pingue-Pongue,
    Esconde-Esconde,
    Bate e volta.
    Entra mesmo sem janela ou porta...

    Ah Tay,

    Você mantém o papel a letra e a palavra em xeque-mate,
    Dizendo até mais que eles.

    Se movimenta de todos os jeitos,
    Rainha do tabuleiro.

    Dona do que tem por detrás das palavras.

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  3. Eu imagino seus pensamentos
    É como se eles fossem muito grandes para seu tamanho
    Lá vai ela com sua esperança perfeitamente descuidada
    Pois ela continua sorrindo... e ela ainda é forte...
    E agora ela está em casa, e estamos rindo
    Como nós sempre fizemos minha velha, velha amiga de sempre...

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Coerentes na incoerência, ou não.
Seja como for, opiniões serão sempre bem-lidas.