Sai,
se colhe do pé da mãe
para se plantar em outro lugar,
mas no correr da vida,
no duro do asfalto,
na fumaça dos dias cinzas,
nos olhares estranhados,
não consegue encaixe.
Não aceita,
MUDA, tenta outra natureza,
violenta seus gostos,
ornamenta casas que não
pode morar.
Volta,
tenta as raízes
onde deixou de semear,
mas já não cabe na terra de si mesma.
Sem essência,
sem ter se plantado, aguado,
sem se cuidar, ainda pequena
morre, cai
antes do tempo,
antes da primavera tratar de lhe -
- mostrar sua beleza.
O que se colhe é a planta que -
antes de mostrar - se quis cultivar.
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