segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A liberdade com fome de alma e rima




As folhas se balançavam...

soavam como sinos ao tocar do vento.
Ela jogou os cabelos...
dois pés no chão.
Acenderam-se as luzes,
fechou o sinal.

Acenderam-se as estrelas
Sonhos de brilhar
Metade acesa, metade rima,
inteira poesia.
Que o sol esconde pra brilhar d'outro lado.
Luz.

Seguiu a trilha...
atravessou os galhos como se penetrasse em outro mundo.
Um rio jorrava de seus olhos.
Vitrine do paraíso,
espelho da alma.
Gotas enormes caiam sobre sua cabeça...
chovia poesia.



De pés descalços, subiu em uma árvore.
Na ponta de seu galho, uma estrela brincava de ser luz.
Colheu um sonho.
Era vermelho e em sua mão se fez aquecer, acolhedor.
Refletiu nos olhos da menina
que se fez criança a brincar de sonhar.

Agora os lábios traziam um sorriso
que apagava a descrença.
Ela só enxergava uma direção...
o infinito espaço de um beijo.
Inventou seu par, sentiu seu corpo quente...
Os dois ali, juntos ao jazz da praça.
Dançaram até os pés se desfazerem
e ele se tornou real...
tanto quanto o lume de estrelas que acabara de colher da árvore.

Por Taynara e Camila
libertando todo o surrealismo contido nas pontas dos dedos enquanto a mente realizava...

3 comentários:

Coerentes na incoerência, ou não.
Seja como for, opiniões serão sempre bem-lidas.