domingo, 20 de junho de 2010

Cata-tempo

Ele ali, sentado em frente a janela fechada
e o mundo lá fora...
balbuciando, gritando, socorrendo.
Ele ali, do lado de dentro da cidade,
equidistante dos pólos,
no centro
girando sem eixo.
O mundo além da janela
mas seu sorriso no vidro...
depois as linhas que o tempo deixa de lembrança,
os fios de cabelo quebradiços
e as mãos um pouco enrugadas.
Ele ali, sendo refletido no vidro
e encontrando seus velhos erros,
seu próprio tempo,
seu orgulho e seu medo.
Ele ali, com toda a sua forte essência...
O mesmo vidro que fecha o mundo de fora
é o que abre o de dentro.

4 comentários:

  1. Que vontade de abrir todas as janelas, de iluminar todos os medos e segredos, que vontade de derrubar todos os muros, todos os escuros da alma, todos os furos, por onde passa a maldade e só deixar a saudade insana de um mundo cheio de amor.

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  2. "Ele ali, sendo refletido no vidro
    e encontrando seus velhos erros,
    seu próprio tempo,
    seu orgulho e seu medo."
    É o que cada um de nós encontra no próprio reflexo. Nos resta soltar a alma ao vento... o mesmo que faz girar o catavento.
    Que tua semana seja perfeita pra vc.
    Beijos.

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  3. Ele lá na janela... E eu aqui querendo abrir as janelas, a porta e dizer: Seja bem-vindo! Mas não embarcou.
    Beijos...

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