suei gelado
como orvalho em folha seca
que se esvai antes de chegar na raiz
acordei acreditando
e pensei que a raiz resistiria a mais um verão
mas era espessa demais
tênue demais
como a vida
acordei zelando por tudo o que não volta
e quis fazer renascer das cinzas qualquer sinal de ternura
por menor que fosse
mas ternura não é como fênix
acordei cheirando café
fiquei com o cobertor na sala
sentindo que "o mundo é um moinho
vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos." com minha velha vitrola
mas isso foi ontem
hoje eu vi um jardim na minha memória
e segurei firme a corda
que me chamava pra uma outra vida
porque eu sou pequenas vidas diárias
hoje eu quis ligar o radinho
Chico pulou pra fora pra me dizer:
" deixa o barco correr, deixa o dia raiar"
eu levantei com os dois pés
e sem querer atrair nada
achei um arco-íris
usei para impulsionar meu vôo
pássaro bom é pássaro que voa
pólo à pólo
sem ao menos saber
como criar
ou bater as asas
.
ps: assim como a vida, o poema não tem título nem sinalização.
Obrigada :)
ResponderExcluirGente, que lindoooooooo aqui.
ResponderExcluirNossa, vou ler tudoooo com calma (Minha sede qdo vejo um blog tão bonito quanto o seu).
Parabéns....e olha...me encontrei aqui:
"hoje eu vi um jardim na minha memória
e segurei firme a corda
que me chamava pra uma outra vida
porque eu sou pequenas vidas diárias"..
Me calou fundo na alma...meu momento.
Um abraço enorme, e estou feliz por mais uma amiga.Obrigada pelas palavras no meu blog.
Já virei sua fã!
que bom voltar aqui.
ResponderExcluirTenha um ótimo dia...
Maurizio
' adorei !
ResponderExcluirsempre gosto de passar aqui !
lindo lindo *-*
beijos flor ;*
Guarde esse arco-iris com você, e sempre que precisar, use-o novamente, e novamente... é sempre bom estar pelos ares!
ResponderExcluirNem vou falar que tá foda, já virou clichê! Te amo fadinha ;)