Tarde de um outono, quase inverno,
que se lamenta por não ser verão.
Olhares endurecidos me espreitam
no ônibus, na rua, de dentro dos carros.
Aborrecido, encaro-os da esquina do rosto.
Congestionados, os pensamentos
deslizam nas ninharias diárias,
muros se erguem, de concreto armado,
e as curvas da face logo se esbarram,
dá-se o nó num viaduto de espelhos.
Longe da semelhança com os vitrais,
falta cor, é sempre sinal vermelho.
O reflexo dos olhares e sentimentos
colide e cega. Paramos.
O nó das expressões nos anulou.
Na elegante e fina escrita da tua pena
ResponderExcluirÀs vezes é preciso acordar o silêncio da memória
Ou esperar pelo adormecimento inadiável
Com o gesto sereno e demorado da ternura
Com o acordar do amor rompendo o improvável
Uma radiosa semana
Doce beijo
Na elegante e fina escrita da tua pena
ResponderExcluirÀs vezes é preciso acordar o silêncio da memória
Ou esperar pelo adormecimento inadiável
Com o gesto sereno e demorado da ternura
Com o acordar do amor rompendo o improvável
Uma radiosa semana
Doce beijo