quinta-feira, 18 de junho de 2015

Trânsito em Nós

Tarde de um outono, quase inverno,
que se lamenta por não ser verão.
Olhares endurecidos me espreitam
no ônibus, na rua, de dentro dos carros.
Aborrecido, encaro-os da esquina do rosto.

Congestionados, os pensamentos
deslizam nas ninharias diárias,
muros se erguem, de concreto armado,
e as curvas da face logo se esbarram,
dá-se o nó num viaduto de espelhos.

Longe da semelhança com os vitrais,
falta cor, é sempre sinal vermelho.
O reflexo dos olhares e sentimentos
colide e cega. Paramos. 
O nó das expressões nos anulou.

2 comentários:

  1. Na elegante e fina escrita da tua pena

    Às vezes é preciso acordar o silêncio da memória
    Ou esperar pelo adormecimento inadiável
    Com o gesto sereno e demorado da ternura
    Com o acordar do amor rompendo o improvável


    Uma radiosa semana



    Doce beijo

    ResponderExcluir
  2. Na elegante e fina escrita da tua pena

    Às vezes é preciso acordar o silêncio da memória
    Ou esperar pelo adormecimento inadiável
    Com o gesto sereno e demorado da ternura
    Com o acordar do amor rompendo o improvável


    Uma radiosa semana



    Doce beijo

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